Lula-Cuba, "bloqueio", patrulhas"...

Armando F. Valladares mgzinternacional_norepl at geocities.com
Wed Jul 30 23:19:11 EST 2003


   msz De: Fernández-López, Ambito Iberoamericano, Paseo de la Castellana
   223, Madrid. [1]InEnglish - [2]EnEspanol

   Caros amigos luso-brasileiros,

   É de se perguntar se as "patrulhas ideológicas" esquerdistas estarão
   impedindo que os últimos artigos do ex preso político e escritor
   cubano Armando Valladares - que abordam delicados aspetos das relações
   entre o regime comunista de Cuba e o atual governo brasileiro -
   cheguem aos grandes jornais. Por via de dúvidas, e qualquer que seja a
   resposta, lhes enviamos diretamente, via e-mail, o mais recente desses
   artigos, com um tema sem dúvida polêmico. No final, encontrarão links
   para tomar contato direto conosco e nos enviarem vossas valiosas
   opiniões, inclusive sobre o eventual problema do "patrulhamento" .
   Cordialmente, Fernández-López, Ambito Iberoamericano.


   Jul. 24, 2003: Diario Las Américas, Miami. Jul. 22, 2003: Ambito
   Iberoamericano, Madrid; Jul. 22, 2003: Libertad Digital, Madrid
   
   Cuba: Lula sustenta o "bloqueio" interno castrista
   
   Se o presidente Lula quer desmentir com fatos, e não com palavras, que
   transformou-se no maior sustento internacional do regime comunista de
   Cuba, que adote medidas diplomáticas categóricas para contribuir com a
                          liberação do povo cubano

   Por Armando F. Valladares

   Na primeira quinzena de julho, o presidente do Brasil, Sr. Lula da
   Silva, seu chanceler, Celso Amorim e seu embaixador em Cuba, Tilden
   Santiago (um ex-sacerdote, seguidor da teologia da libertação e amigo
   íntimo de Fidel Castro), fizeram importantes pronunciamentos que
   favorecem, tratam de justificar e contribuem para sustentar a
   sangrenta ditadura comunista de Cuba, que há mais de 40 anos oprime a
   12 milhões de meus irmãos cubanos.

   Durante sua visita a Londres, Lula culpou acidamente os exilados
   cubanos "que estão em Miami" pela manutenção do que denominou
   "bloqueio de Cuba" por parte dos Estados Unidos; em Madri, seu
   chanceler, depois de afirmar genericamente que "defendemos os direitos
   humanos e a democracia", tentou justificar a brutal situação
   sócio-política cubana, alegando que "reconhecemos avanços na área
   social" e "achamos que boa parte dos problemas de Cuba deve-se ao
   embargo norte-americano"; em Brasília, o embaixador Santiago disse
   cinicamente que os recentes bárbaros fuzilamentos ou prisões de
   opositores eram um recurso válido do regime comunista para defender-se
   de tentativas norte-americanas para "desestabilizar o Estado cubano".

   Dias antes, o mandatário brasileiro, em gesto simbólico, havia
   colocado o boné do pró-castrista Movimentos dos Sem Terra (MST),
   durante a visita de seus dirigentes ao palácio presidencial; recebeu
   em uma ceia duas das mais importantes figuras do regime cubano, o
   vice-presidente Carlos Lage e o chanceler Felipe Pérez, os quais
   ouviram do governo brasileiro o compromisso de continuar colaborando
   econômica e politicamente com o regime e, pouco depois, foi anunciada
   sua viagem à Havana, para setembro próximo.

   As máximas autoridades civis brasileiras, ao tempo que aceitam e
   repetem o argumento oficial de Cuba comunista de que o "bloqueio"
   norte-americano é causador de boa parte dos problemas cubanos, parecem
   fazer pouco caso de que a causa e origem do problema de Cuba é o
   "bloqueio" interno através do qual o regime comunista asfixia, a
   sangue e fogo, a todo um povo, condenado a viver em uma ilha-cárcere
   da qual só se pode fugir pondo a vida em sério risco.

   O presidente Lula e o chanceler Amorim, seguindo ao pé da letra o
   "script" castro-comunista, transformam o milhão de exilados cubanos, a
   maioria dos quais vive em Miami, como principais responsáveis pelo
   atual drama cubano, e o vitimário, esse criminoso internacional e
   ditador comunista chamado Fidel Castro, em vítima pouco menos que
   inocente. A inversão de papéis, de critérios de análise, de princípios
   morais e lógicos, não podia ser maior.

   O famoso "bloqueio" ou "embargo" norte-americano é tomado pelo regime
   comunista como um pretexto para justificar seu fracasso econômico e a
   repressão interna. Já o disse o sacerdote franciscano Miguel Angel
   Loredo - que foi um heróico preso político cubano durante longos anos
   - ao acusar o ditador Castro de que demagogicamente, na tribuna da
   FAO, culpava o "embargo" americano: "O verdadeiro embargo é o interno,
   aquele que Castro aplica ao povo de Cuba. Ele proíbe entrar ou sair da
   ilha, entabular relações, desenvolver iniciativas econômicas".

   Afirmaram também essa verdade, tão grande quanto silenciada, a
   economista Martha Beatriz Roque, atualmente prisioneira política na
   Prisão de Mulheres Manto Negro, Província de Mariano, Cuba, onde
   agoniza por maus tratos e falta de atenção médica; e o também preso
   político Dr. Oscar Elías Biscet, que jaz em uma masmorra do Cárcere
   Kilo Cinco e Meio, na Estrada Luis Lazo, província Pinar del Rio.
   Denunciaram igualmente a artificialidade da farsa publicitária
   castrista sobre o "bloqueio" externo os bispos católicos da ilha,
   Mons. Alfredo Petit e Héctor Luis Peña; o economista, também exilado,
   Carmelo Mesa-Lago; e o laureado escritor exilado Guillermo Cabrera
   Infante, que afirmou: "Cuba não é um país pobre, é um país empobrecido
   pela política de Castro, que tem destruído a economia. Crer que o
   responsável é o embargo americano, além de ser ridículo, é uma
   vergonha, porque Cuba compra produtos em muitos países do mundo".
   Demonstrou o anterior, com cifras e argumentos, o atualíssimo "Manual
   do idiota útil latino-americano". E o reconheceu o próprio ditador
   Castro, que, em um de seus raptos de verborragia confessou à
   jornalista americana María Schriver, da NBC, que "burla" a proibição
   do comércio com os Estados Unidos quantas vezes quer.

   O presidente Lula já havia posto o boné do pró-castrista MST; agora,
   com os tais, colocou a do próprio sanguinário ditador cubano. O Sr.
   Lula da Silva, enquanto presidente do Brasil, passou a ser o principal
   sustentáculo político do regime castrista, com todas as
   responsabilidades morais que isso implica. No que se refere a Cuba,
   tudo o que foi dito anteriormente confirma minhas apreensões
   manifestadas no artigo de setembro de 2002, a propósito do qual o Sr.
   Lula tentou desqualificar-me com o epíteto de "picareta de Miami",
   durante um conhecido programa televisivo do jornalista Boris Casoy
   (cfr. A. Valladares, "Ironias do neo-Lula respondem e confirmam
   apreensões sobre aliança com Castro e Chávez", Diario Las Americas,
   Miami, Out. 11, 2002).

   Se o presidente Lula quer desmentir com fatos, e não com palavras, que
   transformou-se no maior sustento internacional do regime comunista de
   Cuba - com todas as graves responsabilidades que isso implica diante
   do povo cubano e do generoso, cordial e intuitivo povo brasileiro,
   porém, sobretudo, diante de Deus, - que adote medidas diplomáticas
   categóricas para contribuir com a liberação de centenas e talvez de
   milhares de presos políticos cubanos. Que faça algo eficaz para salvar
   a vida dos presos políticos Martha Beatriz Roque e Oscar Biscet, os
   quais agonizam nos cárceres cubanos, atendendo assim ao chamado
   público que lhe acaba de fazer a entidade Unidad Cubana, de Miami. Que
   não cruze os braços ante o drama do físico cubano Dr. López Linares,
   atualmente residente no Brasil, que infrutuosamente escreveu ao
   mandatário brasileiro solicitando sua intervenção para poder viajar a
   Cuba para conhecer seu filhinho Juan Paolo, de 4 anos de idade. Que
   não tente colocar panos mornos sobre os crimes castristas alegando o
   "bloqueio" externo aos supostos "avanços na área social", como a saúde
   e a educação, que na realidade são dois impecáveis instrumentos de
   controle ideológico, mental, político e policial dos desditosos
   cubanos. Que, enfim, contribua, sem eufemismos, para a urgente
   liberdade de Cuba.

   Entretanto, continuaremos tomando ao pé da letra, como verdadeira, a
   afirmação atribuída ao Sr. Lula nos meios de comunicação, durante sua
   viagem a Havana, em dezembro de 2001, para participar junto ao ditador
   Castro da 10ª reunião do Foro de São Paulo (FSP), lado a lado com os
   chefes narco-guerrilheiros colombianos Rodolfo González (FARC) e
   Ramiro Vargas (ELN) e mais de 300 líderes comunistas do continente:
   "Apesar de que seu rosto já está marcado por rugas, Fidel, sua alma
   continua limpa porque você nunca traiu os interesses de seu povo";
   "obrigado, Fidel, obrigado porque vocês continuam existindo".

   Em vista disso tudo, é ao mesmo tempo expressivo e enigmático que a
   embaixadora norte-americana em Brasília, Donna Hrinak, acabe de propôr
   que o presidente Lula seja o líder da América Latina.

   Armando Valladares, ex-preso político cubano, autor do livro "Contra
   toda esperança", foi embaixador ante a Comissão de Direitos Humanos da
   ONU, em Genebra, durante as administrações Reagan e Bush.
   
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   Para enviar vossa opinião sobre a existência ou não de "patrulhas"
   esquerdistas nos grandes meios de imprensa de seu país, por favor, use
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   [9]PatrulhasEsquerdistas:Existem

   [10]PatrulhasEsquerdistas:SoExistemNaSuaImaginacao

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   exatamente, lhe escrevemos; copie-o e envie-o para que possamos
   retirá-lo imediatamente; lamentamos os incômodos ocasionados).

   Muito gratos por sua atenção.

References

   1. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=InEnglish
   2. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=EnEspanol
   3. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=Valladares:Notas-Br
   4. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=Valladares:Concordo
   5. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=Valladares:Francamente,Discordo
   6. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=Valladares:EstouNaDuvida
   7. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=Valladares:NaoConfioEmLula
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   9. mailto:nv33135 at starline.ee?subject=PatrulhasEsquerdistas:Existem
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